Apresentamos algumas questões que são muito frequentes por parte dos clientes, relacionadas com as escolhas dos produtos para incontinência urinária.
Qualquer questão adicional que tenha, pode sempre contactar-nos e tentaremos ajuda-lo da melhor forma possível.
O que é a Incontinência Urinária?
Trata-se de uma situação em que há a incapacidade de armazenar e controlar a saída da urina. É caracterizada por perdas involuntárias de urina que surgem em qualquer lugar, podendo ser muito ligeiras e ocasionais, ou então graves e regulares. As mulheres são as mais afetadas por este problema. Segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia, hoje em dia 33% das mulheres e 16% dos homens com mais de 40 anos já apresentam sintomas deste problema.
Que tipos de Incontinência Urinária existem?
Incontinência de esforço – Caracteriza-se por pequenas perdas de urina que acontecem quando o indivíduo se ri, tosse, espirra, faz exercício, se curva ou pega em algo pesado. Ocorre quando os músculos pélvicos estão enfraquecidos e existe uma pressão exercida sobre a bexiga. É mais prevalente em mulheres entre os 45 e 65 anos. Nos homens este problema pode acontecer após remoção da próstata.
Incontinência por urgência ou stress– Ocorre repentinamente, acompanhada de uma vontade repentina e intensa de ir à casa de banho. Pode estar relacionada com o envelhecimento e o avanço da idade, mas também surge em idades mais jovens, associado a doenças neurológicas ou muitas vezes sem causas identificáveis.
Incontinência mista – É a combinação da incontinência de esforço com a incontinência de urgência.
Incontinência por extravasamento – As perdas de urina acontecem quando a bexiga suporta grandes volumes de urina e a pressão do líquido é tão grande que ultrapassa a resistência da uretra.
Incontinência funcional – Causada por incapacidade do doente, em casos de demência ou lesão neurológica grave, como por exemplo, Alzheimer ou Parkinson.
Enurese noturna – Perdas de urina durante o sono. É frequente em crianças, mas podem ocorrer também em idade adulta.
Como faço para saber se sou incontinente?
O diagnóstico da incontinência urinária tem início no historial clínico do doente, que tem por base as perdas de urina. Após a definição dos sintomas, é feito um exame físico para tentar quantificar a perda de urina, e também exames complementares como uma ecografia, análises ao sangue e à urina. Estes atos estão perfeitamente ao alcance do Médico de Família que, tem aqui um papel primordial. Na maioria dos doentes não é necessário qualquer tipo de exame adicional.
Será que à medida que envelhecemos conseguimos evitar sofrer de incontinência urinária?
Não, não conseguimos. Sabemos que o aparecimento da incontinência é um problema que surge com maior frequência entre as mulheres com idades mais avançadas, sabemos também que não o podemos evitar, nem este acontece a todas as pessoas, visto que há fatores variáveis de pessoa para pessoa, como por exemplo, a condição física, número de filhos, número de partos, obesidade, hábitos alimentares.
Comecei a cuidar de um familiar que necessita de produtos absorventes para incontinência. O que devo saber para comprá-los corretamente?
Os absorventes de urina têm de estar bem ajustados ao corpo para que possam absorver e reter a humidade no seu interior, mantendo sempre assim a pele seca. Certamente já reparou que existe uma grande diversidade de absorventes de incontinência, adaptáveis a todos os tipos de anatomias. Para evitar fugas e desconforto a compra deverá ter em conta o perímetro da cintura, o peso corporal e o volume de urina que perde ao longo do dia. Em caso de dúvidas, não exite em contactar-nos para orientar a sua escolha.
Porque é que as perdas de urina afetam mais as mulheres do que os homens?
As perdas urinárias podem ocorrer tanto nos homens como nas mulheres, contudo são mais frequentes nas mulheres. Esta prevalência está relacionada com algumas características da anatomia e da fisiologia das mulheres, levando a que sejam mais suscetíveis a sofrer deste problema. Ou seja, as mulheres têm uma série de fatores de risco, como por exemplo, o número de gravidezes, partos, ou a menopausa, que exercem um efeito negativo sobre o pavimento pélvico e, portanto, a probabilidade de este problema surgir é maior.
A prisão de ventre pode levar ao aparecimento da incontinência urinária?
Sim pode! Nos episódios de obstipação, para forçar a evacuação, uma pessoa exerce uma pressão muito elevada tendo em conta a pressão habitual sobre o esfíncter anal, situado no pavimento pélvico, o que leva a consequências negativas sobre todos os músculos que fazem parte do pavimento pélvico.
Para evitar a obstipação, de forma a ter um bom ritmo intestinal deverá fazer uma dieta rica em fibra, uma alimentação equilibrada e uma correta ingestão de líquidos.
Que cuidados devemos ter ao realizara higiene íntima de uma pessoa com incontinência?
A higiene íntima deverá ser realizada ao longo do dia sempre que seja necessário. Deverá ser feita indo da zona mais limpa para a mais suja. Não deverão ser usados produtos que causem irritação ou secura da pele recomenda-se que aquando a mudança da fralda ou do penso anatómico se utilizem toalhitas húmidas. É também muito importante realizar uma lavagem com água e sabonete diária e, que se hidrate a pele da zona íntima com um creme ou óleo para evitar possíveis irritações.